Ueinzz: território de transmutação poética e política é performance que abre fendas. O registro oficial está lá: hospital-dia, vidas por um triz. Mas o gênero é aventura: Valarelli Menezes guia o leitor por um corpo de baleia onde pincéis atômicos dão o passe à atomicidade plural de Whitehead. A prosa polifônica cria atmosferas como efeito de respiração: eis o território cênico, sem cercas nem instituições; o tempo é o do mito, no qual nada é fixo. Corpos na corda bamba viram corpo de teatro. Ao fim, parece que nada mudou, mas o chão vacila.
Juliana Fausto
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