O clarão de Espinosa (Romain Rolland; Carla Ferro; Waldomiro Mugrelise. N-1 Edições) [FIC019000]
Romain Rolland
Romain Rolland foi novelista, biógrafo, músico e Nobel francês de 1915. Escreveu as presentes páginas sobre Espinosa, repletas de lirismo e potência filosófica, ainda na adolescência, que foram publicadas apenas em 1942 no livro A viagem interior. Neste livro o jovem Rolland conta o “clarão” que teve em sua vida ao ler Espinosa pela primeira vez aos 16 anos, e como isso definiu sua vida e carreira. Em cuidadosa edição bilíngue, o leitor aproxima-se dos movimentos luminosos do texto original. O livro é marcado por uma linguagem fremente e impressionista, que segue rente à experiência de deslumbre e atordoamento de Rolland diante da leitura do filósofo. Por trás das imagens poéticas, vislumbra-se ainda um questionamento existencial e ontológico da condição humana – reminiscências da filosofia de Espinosa no pensamento e em sua própria prosa. Como escreve o autor, a leitura de Espinosa foi um “desses jatos da alma, desses clarões, que inundaram minhas veias com o fogo que faz bater o coração do universo”. Às “palavras de fogo de Espinosa” dedica-se esse relato.