Coleção Decolonização e Psicanálise

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Andréa Máris Campos Guerra (org)

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    Essa combinação não existe.



    A Coleção Decolonização e Psicanálise, como movimento em elipse nas terras psicanalíticas, inaugura um programada continuado de descentralização.
    Em obras coletivas e obras autorais, nacionais ou estrangeiras, buscamos recolher o saber-fazer com o resto que escreve respiradouros para a psicanálise. Sustentamos um espaço no qual o acontecimento traumático se escreve pela contingência do desejo. Seu desenho, cuja imagem se constitui a cada pincelada, subverte a ideia original ao tocar o real.
    A cada nova obra, esperamos forçar a necessária presença desvelada da herança colonial nos confins do mundo em que habitamos: nosso corpo.


    Os livros são:


    Sujeito suposto suspeito

    > o sujeito suposto suspeito nos possibilita reconhecer, elaborar e trabalhar as relações sociais, econômicas, imaginárias, simbólicas, políticas, pulsionais e raciais no brasil, abrindo a ferida, mostrando como a sociedade brasileira se estruturou baseada na eliminação, no rebaixamento do outro e no esvaziamento do diferente: dos indígenas, depois dos negros escravizados. a suspeita é, portanto, ingrediente constitutivo encarnado na subjetividade brasileira e latino-americana. os ecos continuam fortes hoje <.> emília broide<

    ocupar a psicanálise: por uma clínica antirracista e decolonial
    > O espelho sobre o qual o mundo ocidental se mirou é branco, cis, heteropatriarcal, colonial e burguês. Atravessá-lo implica reconhecer a pluralidade que habitamos, com consequências para o racismo. À brasileira, ele funciona de um modo denegatório. Sua abordagem inconsciente comporta consequências estruturais, epistêmicas, políticas, afetivas e pulsionais: acirram-se as resistências que podem ou não ser superadas, mas que precisam ser enfrentadas. Ocupação Psicanalítica é este movimento de afrontar e afirmar outras lógicas, a partir da experiência com o inconsciente. O livro, tecido coletivamente, aponta horizontes para uma clínica antirracista e decolonial no terreiro da psicanálise<

    A psicanálise em elipse decolonial
    > manifesto por uma psicanálise decolonizada . andréa máris campos guerra <.> fora do centro, se complexificam as perspectivas hierárquicas das linhas abissais. o mapa vermelho da violência no sul global desbota o peso imperial. em perspectivismo, caça e caçador se veem de outra humanidade nesses pronomes cosmológicos que nãos os contêm. nem detêm. a escala de grandeza dos seres deixa a ver todo corpo em combustão. a psicanálise arde em sua leitura-escolta. <.> a psicanálise suleia, enegrece, kizomba. abundam novos significantes e outros modos de dialetos e de regozijos <.> 


    ubuntu — psicanálise e herança colonial

    > A noção de ubuntu serve então como chave de leitura para endereçar algumas questões capitais discutidas neste livro em pelo menos duas vias. Em termos de organização metodológica, remete-se a ela na forma de inspiração para o movimento de congregar pesquisadoras e pesquisadores de diferentes cantos do mundo para discutir preocupações que lhes são comuns dos pontos de vista ético, social, e pessoal, no sentido formativo da palavra. Em termos de objeto de pesquisa, pode-se argumentar que o termo apresenta uma espécie de ferramenta crítica com potencial de oferecer uma resistência à tendência descrita por Paulo Arantes que prevê um "colapso do vínculo social" em âmbito e proporções cada vez mais generalizados; um esfacelamento radical da sociedade em função das maneiras como colonialismo e o capitalismo instauraram uma ratura típica do processo de modernização <.> rodrigo lima <






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